“Pedro, se o Brasil se separar, antes seja por ti, que me hás de respeitar do que para algum desses aventureiros” – Sua Majestade El-Rei Dom João VI.
O rei, que nutria esperança de ser obrigado pelo povo do Rio de Janeiro a ficar no Brasil, ficara bastante abalado com o fato. Após treze anos morando na antiga Colônia, tendo feito tanto por ela e até criado ali um novo Reino, achava que os brasileiros lhe seriam mais gratos. Talvez, por isso, temendo o futuro, tanto o que lhe aguardava em Portugal quanto o que aguardaria o filho no Brasil, decidiu partir sem as crianças, deixando-as com os pais. Pouco antes de deixar São Cristóvão, teria tido uma conversa particular com d. Pedro, onde teriam decidido o que fazer em caso de novos demagogos como o padre Macamboa e Luís Duprat tentarem incendiar o Brasil.
D. Pedro se recordaria no futuro a respeito desse momento íntimo entre pai e filho:
Eu ainda me lembro e me lembrarei sempre do que Vossa Majestade me disse antes de partir dois dias, no seu quarto: “Pedro, se o Brasil se separar, antes seja por ti, que me hás de respeitar do que para algum desses aventureiros”.