Qual o custo de vida em Portugal? País tem o menor custo de vida da Europa

 

A comunidade brasileira é a principal comunidade estrangeira de Portugal e vem a aumentar a cada mês, seja pela entrada de novos integrantes ou pela regularização progressiva dos residentes que estão na fila do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Mas o jornal o Globo fez a seguinte pergunte, qual o preço de viver em Portugal agora? Ir ao supermercado, por exemplo, tem sido uma surpresa para muitos brasileiros, que estavam habituados a valores que permaneceram quase congelados por anos. E para a sociedade em geral. Tanto que o governo pagou, na última sexta-feira, um apoio de € 60 (R$ 308) para famílias carentes, que já eram beneficiadas pela Tarifa Social de Energia.

O conjunto dos produtos básicos aumentou € 21 (R$108) desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia. Uma subida de 11,78%, segundo a Associação para a Defesa do Consumidor (Deco). Isso significa gastar cerca de € 205 (R$ 1.056) na compra de bens essenciais.

Ainda assim, o custo de vida em Portugal é um dos menores da Europa, explicou Marcelo Rubin, da consultoria Clube do Passaporte. A informação pode ser confirmada no ranking do Expatisan, especialista em comparações.

Mas este fator depende da cidade, do padrão de vida, renda, objetivo da imigração, profissão, tamanho do núcleo familiar e etc. É preciso ressaltar, ainda, que Portugal mantém uma das políticas salariais mais baixas da Europa, apesar da carga fiscal considerada elevada.

— Mesmo agora, se comparado com outros países europeus, os valores gerais em Portugal não são altos. Pelo contrário, são os mais baixos entre os países da Europa Ocidental. Por isso, ainda é o destino preferido dos brasileiros que querem deixar o país — garantiu Rubin.

 

Uma família com dois adultos, vivendo em um apartamento pequeno, de dois quartos e um banheiro, na área central (ou próximo) do centro de Lisboa ou do Porto, gastaria, no mínimo, entre € 1,3 mil (R$ 6,6 mil) e € 1,5 mil (R$ 7,7 mil). A projeção incluiu contas fixas e básicas, sem automóvel (portanto, sem combustível) e com a utilização do Sistema Nacional de Saúde (sem taxas a partir de agora).

A estimativa acima levou em conta o aluguel de apartamentos sem móveis ou eletrodomésticos, encontrados no site de buscas Idealista na última terça-feira: € 630 (R$ 3,2 mil) em Lisboa/Alcântara, e € 610 (R$ 3,1 mil) no Porto/Campanhã.

Havia apenas um imóvel em cada cidade na faixa de € 600, o que indica a dificuldade de conseguir pagar um aluguel baixo e, por isso, a pesquisa foi incluída na apuração, para destacar a odisseia. Quem fechar um contrato assim no Porto ou Lisboa é considerado inquilino de sorte. Muitos, inclusive, gastam horas e a esperança nas longas filas das visitas. E saem frustrados.

Já os valores máximos desta tipologia se aproximam dos € 2 mil (R$ 10 mil). O mais perto da realidade é pagar entre € 850 (R$ 4,3 mil) e € 1,1 mil (R$ 5,1 mil) por um imóvel de dois quartos. Então, na previsão com aluguel mais elevado, o gasto inicial mensal subiria para cerca de € 2 mil (R$ 10 mil). Porém, no ato da assinatura, é comum o inquilino depositar três meses de caução, prática prevista em lei.

 

As demais contas foram apuradas em relação à faturação do mês de maio, informadas por moradores de apartamentos semelhantes. Combo de TV, telefones fixo e celulares e internet (de € 55 / R$ 282 a € 65 / R$ 334 ); luz (€ 60), água (€ 25); supermercado e alimentação eventual fora de casa (€ 400 /R$ 2.056); lazer € 150 (R$ 771); planos de transportes públicos normais (€ 80 / R$ 411). As despesas tendem a subir no inverno devido ao custo das diversas formas de aquecimento dos imóveis.

Caso sejam incluídas despesas com crianças, o valor fixo pode variar um pouco, dependendo dos gastos emergenciais. Mas é preciso levar em conta que a família em questão utilize serviços públicos de creche, escola e saúde.

O aluguel é o responsável por grande parte dos gastos, sendo maior em Lisboa e no Porto. É preciso pesquisar muito para encontrar imóvel bem localizado, que não destrua um orçamento e acomode a família com conforto. Inclusive nas cidades periféricas das regiões metropolitanas das duas maiores cidades.

A prática de fugir para municípios menores tem sido tendência ao longo do anos, como mostrou O Globo e tem sido tema recorrente aqui no Portugal Giro.

— Na maioria dos casos, os apartamentos no centro da cidade tendem a ser menores. Por isso, há uma tendência das famílias irem viver em áreas suburbanas. Obviamente, dependendo do tamanho do imóvel, os valores podem ficar ainda mais altos — explicou Itay Mor, advogado e fundador do Clube do Passaporte.

 

O custo de vida aumenta se o brasileiro optar por serviços privados, como plano de saúde, que nem é tão caro, dependendo da cobertura: cerca de € 30 por pessoa. Já a escola particular representa uma grande diferença, com mensalidades que podem começar, no Porto, em € 3,6 mil (R$ 18,4 mil) por ano.

— Uma escola particular custa aproximadamente € 9,3 mil (R$ 47 mil) por ano, enquanto uma escola internacional varia de € 23 mil /R$ 117 mil) a € 37 mil /R$ 189 mil) anualmente. Já os custos médios de uma universidade pública (que são pagas) dependem do curso e das bolsas — garantiu Mor.

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