Mais dólares foram impressos em julho do que em 200 anos

 

Mais dólares foram impressos em julho do que em 200 anos

A impressão desenfreada de dinheiro pelo Federal Reserve (Fed) chegou a limites impressionantes. É o que afirma Dan Morehead, CEO da empresa de criptoativos Pantera Capital.

O CEO enviou uma carta aos investidores na quarta-feira, 29 de julho. No documento, Morehead observou que os Estados Unidos não mediram esforços para injetar dinheiro na economia.

“Os Estados Unidos imprimiram mais dinheiro em junho do que nos dois primeiros séculos após sua fundação”, escreveu Morehead. “No mês passado, o déficit orçamentário dos EUA – US$ 864 bilhões (R$ 4,3 trilhões) – foi maior que o total da dívida contraída entre 1776 até o final de 1979”.

A título de comparação, o déficit dos EUA equivale a mais da metade do PIB do Brasil em 2019. Naquele ano, o PIB fechou em R$ 7,3 trilhões.

Porém, todo esse valor corresponde a apenas um mês. Desde o início da crise, o Fed já injetou US$ 3 trilhões (R$ 15 trilhões) na economia. Esse valor equivale a mais de duas vezes o PIB brasileiro.

Bitcoin como solução

Morehead deixou claro que a Pantera Capital vê o Bitcoin como a solução para a atual crise. Ele também contrastou os efeitos da impressão de dinheiro nos últimos meses.

Nessa comparação, Morehead destacou o que os EUA compraram com o primeiro trilhão impresso em sua história. O valor, segundo ele, foi suficiente para comprar boa parte do território do país, vencer a II Guerra Mundial e até ir para a Lua.

“Com esse primeiro trilhão [USD impresso], derrotamos os imperialistas britânicos, compramos o Alasca e a compra da Louisiana, derrotamos o fascismo, encerramos a Grande Depressão, construímos o Sistema Rodoviário Interestadual e fomos para a Lua”, afirmou.

Em contrapartida, os últimos US$ 3 trilhões mal serviram para manter as bolsas de valores em pé e impedir um crash total do sistema.

Morehead citou a inflação resultante como a principal razão pela qual se deve “sair do papel-moeda e entrar no Bitcoin”. Segundo o CEO, “[com o uso do Bitcoin] não há necessidade de números ajustados à inflação, porque não há inflação ou hiperinflação”.

Efeitos da impressão unem Peter Schiff e bitcoiners

A questão sobre os estímulos do Fed é tão forte que consegue unir até grupos opostos. Por exemplos, as opiniões de muitos bitcoiners sobre esse tema convergem com as de um dos maiores críticos do criptoativo: Peter Schiff.

Schiff também está preocupado com os efeitos da impressão de dinheiro. Ele falou sobre os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, e mostrou preocupação com a atual situação dos EUA.

“Os EUA estão prestes a experimentar um dos maiores períodos inflacionários da história mundial. Qualquer credibilidade que o Fed tiver será perdida. O Federal Reserve Notes em breve não valerá um Continental”, disse Schiff no Twitter.

O Continental foi o papel-moeda emitido pelos EUA durante a revolução de independência. Durante a guerra, ele sofreu fortemente com a inflação. Após o conflito, foi trocado por títulos do tesouro a uma taxa de 1% do seu valor nominal.

Na ocasião, Powell disse que o Fed estava usando toda a sua “gama completa de ferramentas” para responder à pandemia. Entre as ferramentas, estão: imprimir dinheiro, manter as taxas de juros próximas de zero e fazer compras de ativos estável em US$ 120 bilhões (R$ 600 bilhões) por mês.



 Fonte: investing.com




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